sábado, 22 de agosto de 2015

Como retirar as cordas e depois reaproveitar as mesmas !

Olá !

"Ah, se eu soubesse"...

Tem coisas na vida que fazem a gente se sentir uma verdadeiro panaca depois que descobre...

Não, eu não votei na Dilma, não é isso !

O problema é que às vezes eu tinha que retirar as cordas da guitarra e acabava perdendo o jogo de cordas por não conseguir reaproveitá-las. Isso acontecia quando eu trocava a ponte de uma stratocaster em algum upgrade, ou trocava os carrinhos (saddles). O resultado era que um jogo muitas vezes novinho de cordas era desperdiçado...

Por quê ?

Porque quando retiramos as cordas, a parte que estava enrolada nas tarraxas permanece torcida depois que a corda é retirada, isso impossibilita de passar a corda pelo estreito buraco do bloco da ponte, quando quiser instalá-la de novo. Com as cordas mais grossas é possível ainda esticá-las e passar pela ponte mas com as mais finas é muito difícil.

E como está caro um bom jogo de cordas !

Mas um dia, descobri um truque para fazer isso com a maior facilidade ! Você vai precisar apenas de um canudinho desses que vem junto com alguns produtos em spray, tipo aquele vermelhinho que vem junto da embalagem do WD-40:


Agora, basta introduzir a  corda em uma extremidade do tubo:


Feito isso, basta então atravessar o bloco da ponte com o tubinho e a corda juntos, retirando do outro lado !




Pronto, simples assim ! Nossa, quantos jogos de cordas eu desperdicei por não ter pensado em uma solução tão simples !

É isso, abç !

Mad

domingo, 9 de agosto de 2015

Homenagem aos pais

Essa vai em homenagem a todos os pais que se esforçam incansavelmente para educar seus filhos nessa bagunça chamada Brasil...


sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Dweezil Zappa plays Frank Zappa

Já que falamos em Frank Zappa no post passado vamos aproveitar e assistir esse concerto onde seu filho Dweezil, um dos melhores guitarristas da atualidade  toca as músicas do pai, participação especial de Steve Vai, um dos mais conhecidos pupilos de Frank Zappa. Impressionante a qualidade dos músicos e como conseguem tocar esses arranjos complexos sem partituras, destaque para o lendário Napoleon Murphy Brock, que fez parte da formação do Mothers of Invention nos anos 70.

Mad.




* * * 13/08/2015 - Edit * * * 

Na boa, que show pqp ! Temos que comentar algumas coisas, a começar pelo solo ÉPICO feito pelo Dweezil em 'Inca Roads', uma das coisas mais f. que eu já ouvi, vejam como ele constrói cuidadosamente a dinâmica do solo, levando o ouvinte a momentos de tensão e relaxamento, alternando motivos melódicos e frases rápidas, genial mesmo ! (clique no link abaixo para escutar direto esse solo):

https://youtu.be/pOtuqYzJTsM?t=2492

Fantástico dueto/duelo entre Dweezil e Steve Vai ! (clique no link abaixo para escutar direto essa parte):

https://youtu.be/pOtuqYzJTsM?t=3558

Steve Vai on fire ! (clique no link abaixo para escutar direto essa parte):

https://youtu.be/pOtuqYzJTsM?t=4551

Dweezil quebrando tudo em uma versão incendiária da belíssima 'Black Napkins', não deixe ver é um dos clássicos da guitarra instrumental ! (clique no link abaixo para escutar direto essa parte):

https://youtu.be/pOtuqYzJTsM?t=4837

sábado, 1 de agosto de 2015

Frank Zappa e o significado perdido da genialidade

Olá !



Nos anos 60, se você escutasse a palavra 'gênio' usada no contexto do universo do Rock, provavelmente estaria escutando uma referência a alguém como John Lennon, Pete Townsend ou Jimi Hendrix. Sem a menor dúvida foram gênios que mudaram não somente a sonoridade mas também os valores do seu tempo. E tivemos ainda pelo menos uma dúzia de outros músicos que mereceriam com toda a justiça a deferência que a palavra 'gênio' comporta. Até pelo menos a primeira metade dos anos 70, assistimos a uma tamanha explosão de talento que chegava a beirar o desperdício, assim, a genialidade era quase a regra, não a exceção.

Mas tudo que é bom acaba... Aos poucos, o mundo do Rock foi sendo invadido por um exército de mediocridades, em um movimento que sinalizou o início da decadência musical que resultaria nessas 'maravilhas' que estamos sujeitos a escutar se ligarmos o rádio hoje...

Mas, a medida em que a arte piorava, a palavra 'gênio' era usada cada vez mais ! Nos anos 80, todo mundo era gênio...  Prince era gênio, Washington Olivetto era gênio, até Terence Trent D'Arby (who ?!) era gênio ! Se Andy Wharol, o eterno árbitro da fama efêmera, tivesse especulado um pouco  mais poderia ter pontificado que todos seriam gênios por 15 minutos !

A verdade é  que a palavra 'gênio' se vulgarizou. Se perguntássemos ao 'Mad Men'  Don Draper o que seria um 'gênio', talvez ele nos dissesse que 'é aquilo que caras como eu inventam para que você compre gato por lebre !'.

Mas aí então pergunto: que palavra poderíamos usar para classificar um camarada que era um virtuose absoluto da guitarra, um maestro que utilizava as estruturas mais complexas da música clássica de vanguarda e do free jazz como base do seu trabalho, que já nos anos 60 aplicava modalismo, compassos exóticos e arranjos ultra sofisticados, e, ao mesmo tempo, não abria mão de um humor absolutamente cáustico, iconoclasta, pornográfico mesmo em suas letras, cumprindo o mandamento número um do Rock, que é não se levar a sério ?!

E mais, para nós, guitarristas, Frank Zappa deixou o melhor conselho que alguém poderia dar a um guitarrista: 'Shut Up 'n Play Yer Guitar' !

A verdade é que um artista assim era muito difícil de se compreender ou classificar. Muito mais fácil era apenas amá-lo, curtir a figuraça incrível que ele foi  e delirar com aquela fantástica viagem sonora que ele nos entregava !

Assim era Frank Vincent Zappa (1940-1993). Alguém que poderia ter passado para a história como o maior guitarrista que o Rock já teve mas sua música e sua lenda foram tão grandes que isso deixou de ser relevante. Era um gênio.



É isso, abç a todos !